


Psicologia da Educação

Intervensão do Psicólogo da Educação
A ação desenvolvida é predominantemente remediativa (embora algumas vezes também se atue preventivamente), realizada muito frequentemente de modo individual (embora algumas vezes seja também feita em grupo ou institucionalmente) e maioritariamente ao nível do apoio pedagógico e orientação escolar e profissional.
Muito frequentemente os alvos da intervenção do psicólogo escolar são os alunos e, algumas vezes, também professores pais e órgãos de gestão, sendo poucas vezes dirigidas a outros agentes educativos para além dos descritos.
No que respeita á origem da intervenção, esta pode ser solicitada por qualquer elemento da comunidade educativa ou proposta diretamente pelo psicólogo (através de formulários de sinalização online).
A adesão á intervenção do psicólogo da educação é variável consoante os seus alvos. Assim, no que respeita á adesão dos alvos de intervenção a essa mesma intervenção, da parte dos alunos e dos órgãos de gestão, tendencialmente observa-se muita adesão, bem com da parte dos professores e restantes agentes educativos, em que também se verifica alguma adesão. Já no que respeita aos pais, embora exista alguma adesão, esta tem sido tendencialmente pouca.
No que toca aos problemas e dificuldades apresentados pelos alvos da intervenção, estes são muito variados, desde questões relacionadas com a adaptação/integração escolar, problemas de comportamento, problemas emocionais e do humor necessidades educativas especiais (NEE), perturbação de hiperatividade e défice de atenção (PHDA), dificuldades de aprendizagem, estratégias de autorregulação e métodos de estudo, ansiedade nos momentos de avaliação, orientação Vocacional, dificuldades de relacionamento interpessoal, entre outros…
O psicólogo da educação pode intervir tanto em equipa, como sozinho, usando na sua prática profissional um conjunto muito variado (e de acordo com o caso especifico) de técnicas e instrumentos (por exemplo: observação em contexto, escalas de comportamento, Achenback, Conners, Swan, Cdi, STAIC, entre outros…) e de estratégias de resolução das dificuldades, nomeadamente, terapia cognitivo-comportamental, terapia narrativa, terapia estratégica, entre outras…
Competências e atividade profissional
Um outro aspeto relevante reside na importância da aquisição (por parte do psicólogo) de algumas competências consideradas fundamentais ao exercício da profissão, tais como competências técnicas e académicas afetas à área da Psicologia, competências pessoais (como a empatia, capacidade de escuta e comunicação, trabalho em equipa; entre outras) e competências instrumentais (gestão do tempo, articulação de saberes, organização, entre outras). Sendo que também reconhece existirem necessidade de formação, em função dos problemas encontrados, quer no que toca a formação inicial, quer a formação complementar.
No que diz respeito á satisfação na atividade profissional, não sente nenhuma satisfação com a carreira e muito pouca com a remuneração. Também ao nível do estatuto da atividade (por comparação com outras atividades) a satisfação sentida é pouca.
Já o nível específico da atividade profissional e da perceção do contributo para a qualidade da educação, o nível de satisfação é mais elevado, sentindo alguma satisfação relativamente a estes dois aspetos, sendo que tem também perceção de que são obtidos bons resultados nas intervenções levadas a cabo.
Por sua vez é ainda referida a inexistência de qualquer grau de poder de decisão/influência nas políticas da escola, por parte do psicólogo da educação.